Recomeça
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
Miguel Torga
(12 de Agosto de 1907 — 17 de Janeiro de 1995)
1 comentário:
Lindo este poema que não conhecia!
A vida é feita de vários recomeços e há que ter força para a encarar.
A vida é uma escola...
Abraço
Leonor
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